10 artes marciais para aprender quando a pandemia acabar
1. Boxe
Abrimos a lista com o tópico mais polêmico, pois ainda não há consenso sobre o boxe ser considerado uma arte marcial ou não.
O Boxe ocidental, que vemos na televisão e nas Olimpíadas, e que é geralmente oferecido nas academias, é reconhecidíssmo, mas sua classificação como arte marcial é questionada especialmente porque não há no boxe um foco em desenvolver a mente e o espírito do praticante. A filosofia é um aspecto secundário na modalidade, que é fundamentalmente direcionada para o trabalho físico e de combate.
Por outro lado, os defensores do boxe como arte marcial lembram da definição geralmente empregada a essas artes: um sistema estruturado e uma tradição nas práticas de combate. A tradição do boxe é inquestionável, uma vez que ele data ao menos desde as Olimpíadas da Grécia Antiga. Além disso, em matéria de regras na disputa, ele não se diferencia do caratê e taekwondo, por exemplo, que são considerados artes marciais.
O boxe tem treinamento bastante intenso durante toda a duração da aula, o que faz com que a queima de calorias seja bastante alta. Ao contrário do que muitos acreditam, o trabalho das pernas é tão fundamental quanto o dos braços. Além disso, o abdômen é uma região particularmente bem trabalhada, pois precisa estar sempre contraída e preparada para receber golpes.
2. Muay Thai
Originário da Tailândia, o Muay Thai tem registros desde o início do milênio passado. Trata-se de uma luta conhecido como a “arte dos oito membros”, uma vez que os oito pontos de contato do corpo simulam — ou substituem — armas utilizadas no combate, como espadas, machados e bastões.
No Brasil, o Muay Thai tem feito sucesso também com o público feminino nos últimos anos, ajudando a tirar aquele estigma masculino em relação às lutas. Um dos motivos geralmente apontados para isso é o desenvolvimento da autodefesa, mas os benefícios para o corpo também são inúmeros. Os golpes com as pernas, em particular, ajudam a definir bastante os músculos inferiores.
3. Kickboxing
Trata-se de um conjunto de modalidades que combinam socos e chutes. O Muay Thai, por exemplo, é uma modalidade de Kickboxing, mas não a única.
Nos Estados Unidos, por exemplo, esse tipo de luta se desenvolveu como uma junção do boxe e do caratê, permitindo somente golpes com as mãos e os pés. Como as modalidades variam bastante, o interessante é encontrar a que mais case com as suas preferências e objetivos.
4. Judô
Bastante tradicional no Brasil, inclusive com resultados importantes de atletas brasileiros em Olimpíadas, o Judô é uma arte marcial relativamente recente, criada no Japão no século 19. Ele consiste em envolver e imobilizar o adversário, utilizando a própria força do oponente contra ele. A ideia por trás do Judô é educar, além do corpo, a mente e a moral do praticante.
Como não é permitido chutar, dar socos ou empurrar o rival, o Judô trabalha muito mais o equilíbrio, a coordenação, a flexibilidade e a agilidade para escapar e realizar os movimentos durante o combate. A disciplina, os valores e a ética da luta também são parte fundamental de seus ensinamentos, como humildade e solidariedade, e talvez por isso faça muito sucesso entre as crianças.
5. Jiu-jitsu
Compartilhando a mesma origem do Judô, o Jiu-jitsu como nós conhecemos hoje é outra vertente que se desenvolveu no Brasil ao longo do século 20. A família Gracie é reconhecida por seu papel importante na história dessa arte, pois foram eles quem desbravaram outros países para mostrar sua luta e fizeram isso com sucesso.
Assim como o Judô, o Jiu-jitsu não consiste em socos ou chutes, mas em tentar imobilizar o seu adversário por meio de movimentos feitos geralmente no chão. Isso não quer dizer que não doa, pelo contrário. As quedas constantes ajudam o corpo a aprender a absorver a dor. Força e resistência são bem desenvolvidas, uma vez que o esforço é constante.
De ruim, apenas as comuns lesões na orelha que dão aquele aspecto inflamado. Elas são um acúmulo de sangue ocasionados por pancadas na região, contato com o tatame etc. No entanto, é possível tratar o problema realizando a drenagem do sangue na região.
6. Capoeira
Falando em Brasil, não poderíamos esquecer a chamada “arte marcial brasileira”. A Capoeira foi criada pelos escravos trazidos da África como forma de defesa. Até meados do século passado, sua prática era oficialmente proibida.
Como geralmente se diz, a Capoeira é uma mistura de luta e dança, especialmente porque o berimbau é quem dita o ritmo. Enquanto duas pessoas “jogam” no meio da roda, os outros tocam o instrumento e batem palmas.
Além de trazer todos os benefícios das artes marciais — como desenvolver a flexibilidade, a força e queimar gorduras aos montes –, a Capoeira trabalha o ritmo do praticante, que precisa ficar atento à música e à ginga. Por fim, a criatividade também é encorajada, pois realizar os movimentos em coordenação com o adversário, de forma plástica e interessante, é um aspecto fundamental.
7. Caratê
Mais uma arte marcial originada no Japão, o Caratê foi desenvolvido na região onde hoje fica a cidade de Okinawa, no início do século 20. Caracterizada por socos, chutes e golpes de mão aberta, entre outros, a luta ganhou popularidade ao redor do mundo especialmente por ser retratada frequentemente no cinema, particularmente na década de 1970.
O carateca – pessoa que pratica o caratê – geralmente desenvolve sua força interna sem fazer crescer muito os músculos. O foco do caratê é o reflexo e a velocidade como forma de autodefesa. Ou seja, o importante não é a vitória, mas sim o equilíbrio entre o corpo e a mente integrados ao desenvolvimento técnico.
8. Kung-fu
Também muito popular no cinema – Bruce Lee era lutador de Kung-Fu; a franquia Kung Fu Panda é queridinha do público jovem –, essa arte marcial chinesa também é uma forma de exercício espiritual que busca atingir um estágio de concentração e autodisciplina total.
Praticado há milênios, existem diversos estilos de Kung-fu e muitos deles imitam movimentos de animais. Assim como o caratê, é uma arte de autodefesa que deixa o corpo em forma em todos os sentidos. O aprendizado relacionado à concentração, controle emocional e confiança são partes marcantes do Kung-fu.
9. Aikido
Vindo do Japão no início do século passado, o Aikido é uma espécie de junção de diversas artes marciais seculares do país. Baseada na não-competição e na autodefesa, a luta é mais um exercício de técnicas e de espírito, com um foco bem forte nos aprendizados filosóficos por trás de sua origem, como humildade, compaixão e sabedoria. O Aikido também ensina a lutar com armas tradicionais japonesas, especialmente espada e bastão.
10. Taekwondo
Esta arte marcial coreana garante todos os benefícios das outras listadas até aqui, mas tem um foco maior nos membros inferiores, pois consiste somente em golpes com as pernas.
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